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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Nossa Identidade - Simonton: O Perfil de um Pioneiro


(Texto do Historiador da IPB Rev. Alderi Souza de Matos - Ashbel Green Simonton foi o missionário pioneiro e fundador do presbiterianismo brasileiro)


Um personagem só pode ser compreendido se levarmos em conta sua formação, as influências que recebeu, os fatores que contribuíram para moldar sua personalidade e seu caráter.


O primeiro dado importante acerca do rev. Simonton é sua nacionalidade. Quando ele nasceu (1833) em West Hanover, na Pensilvânia, os Estados Unidos eram ainda uma nação jovem, tendo conquistado a independência há pouco mais de meio século. O novo país se orgulhava de suas instituições democráticas, de seu apego às leis, de seu sistema educacional, de seu progresso econômico e social. Ao mesmo tempo, havia tensões crescentes: as diferenças entre o Norte o Sul, o problema da escravidão, o aumento da imigração católica. Esses fatores marcaram profundamente o jovem Simonton à medida que se preparava para a vida adulta, como se pode perceber em seu diário. Outra influência fundamental foi a fé presbiteriana que herdou de seus pais, descendentes dos célebres escoceses-irlandeses. Sua mãe era filha de um pastor e seu pai um honrado médico e homem público, tendo representando seu estado no Congresso americano, em Washington. O casal deu ao filho caçula Ashbel e a seus muitos irmãos uma educação aprimorada, marcada por sólidos valores éticos e religiosos. Um terceiro fator que marcou a trajetória de Simonton foi a tradição puritana, tão importante na história dos Estados Unidos. Um legado dessa tradição foi o grande fervor espiritual, a intensa busca de comunhão com Deus que contribuiu para os freqüentes avivamentos da época. Em um deles, ocorrido em 1855, o jovem presbiteriano se converteu e sentiu despertar em seu íntimo a vocação ministerial, ingressando no Seminário de Princeton. Outro elemento significativo de sua formação resultou de uma mescla dos anteriores. Desde o início, os americanos se sentiram um povo especialmente aquinhoado por Deus, escolhido para levar a outras nações os mesmos benefícios que havia recebido. Essa convicção, mais tarde denominada “destino manifesto”, se associou aos avivamentos para produzir um extraordinário movimento missionário de âmbito mundial que se estendeu por todo o século 19 e o início do século 20. Atraído por essa visão durante os estudos teológicos, Simonton desistiu de ser um pastor em seu próprio país e resolveu dedicar-se à causa das missões estrangeiras. Assim sendo, o jovem pregador, que chegou ao Brasil no dia 12 de agosto de 1859, estava bastante preparado e motivado para seu difícil trabalho. Tinha excelente formação intelectual, um caráter íntegro e grande entusiasmo pela tarefa que entendia ter recebido de Deus. Vencidos os desafios iniciais de aprender o idioma e se adaptar a uma cultura tão diferente da sua, ele se lançou com afinco à sua missão. Metódico, operoso e perseverante, Simonton lançou em poucos anos as bases do presbiterianismo brasileiro, criando várias estruturas pioneiras: a primeira igreja (1862), o primeiro jornal (1864), o primeiro presbitério (1865) e o primeiro seminário (1867). Apesar da grande dor que sentiu ao perder a jovem esposa, reuniu forças para dar continuidade às suas atividades evangelísticas e pastorais, encerrando sua carreira prematuramente aos 34 anos de idade (1867), na cidade de São Paulo, vitimado pela febre amarela. Não sabemos o que mais Simonton teria realizado se tivesse tido uma vida mais longa. É razoável supor que, sob sua liderança prudente e equilibrada, a caminhada da nova igreja teria sido mais tranqüila e talvez a divisão de 1903 não viesse a ocorrer. Mas isso é entrar no terreno das conjecturas. O importante, ao comemorarmos o 149º aniversário da chegada desse missionário fundador ao Rio de Janeiro, é lembrar com gratidão seu idealismo e desprendimento, seu amor pelo povo brasileiro, sua profunda dedicação a Cristo e ao projeto de vida que abraçou. A Igreja Presbiteriana do Brasil terá muito a se beneficiar se os seus líderes, ministros e membros forem imbuídos desse mesmo espírito, o que irá resultar em maior coerência e fidelidade no cumprimento de sua missão na sociedade brasileira.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Meditação - Pedro nega Jesus


(Leia Mateus 26.69-75 e meditemos juntos)


Resumo do Ensino do Texto:

A profecia de Jesus se cumpre e Pedro descobre o que ele próprio era capaz de fazer: capaz de negar, capaz de trair, capaz de se acovardar! Diante de pessoas comuns ele nega aquele que o havia amado e aceitado de forma tão intensa e verdadeira. Pedro descobre Pedro. E acaba tendo que reconhecer que o próprio Jesus o conhecia melhor do que ele mesmo. O que lhe sobra é o choro amargo da auto-decepção.


Lições para Minha Vida:

1. Não sou melhor do que Pedro. Sou capaz de coisas vergonhosas e decepcionantes. Portanto, dependo plenamente da graça de Deus para me sustentar no Caminho;

2. Se o meu Mestre foi traído por seus amigos íntimos, o que devo esperar dos homens? Preciso estar consciente da minha capacidade e da capacidade dos outros de trair e pecar contra seus irmãos. Só isto me habilitará a ter um coração preparado para o perdão;

3. Pedro me ensina que diante do erro eu preciso chorar o terrível gosto do arrependimento. Assim, o Mestre me visitará para restaurar a alma.


Minha Oração:

"Senhor, quando eu cair, levanta-me. Quando eu trair, perdoa-me! Não deixe a minha boca negá-lo. Mas, se tão longe eu for, derrama a minha alma no amargo choro do arrependimento. Pois sei que assim haverá cura, como houve para Pedro. Em nome de Jesus, Amém!"

Sinópse do Sermão - Um Vislumbre do Getsêmani

(Foto do Jardim do Getsêmani em Jerusalém)
Sermão baseado no texto de Lucas 22.39-46, ministrado na Igreja Luz no dia 24 de Agosto de 2008.


Introdução:

Quero convidá-lo a visitar um jardim. Na verdade, assemelha-se mais a um bosque. Seu nome rebuscado e convidativo significa apenas o "lugar do moinho das olivas". Mas nele podemos contemplar nosso Mestre num dos momentos mais profundos que revelam sua angustia diante do sacrifício que lhe seria imputado em função de nossa redenção.



Narração:

Depois da Ceia no cenáculo, com um longo e difícil diálogo com seus discípulos, Jesus vai ao costumeiro lugar de refúgio e oração. A angústia tomara sua alma, pois a fronteira entre os anos de ministério e o momento de sua paixão havia chegado. O Getsêmani, portanto, é o lugar de preparo donde as condições plenas precisavam ser construídas para o longo sofrimento que se aproximava rapidamente. Ali, três discípulos são chamados como testemunhas e companheiros de agonia. Mas a única coisa que podem oferecer a seu Mestre é o profundo sono da tristeza.


Tese:

Nosso Mestre derramou sua alma no jardim. Como discípulos, necessitamos do Getsêmani, pois nele encontraremos o lugar de restauração da alma. Adentremos ao Jardim para derramarmos o coração diante do Pai.



Tema: Que Lugar é o Getsêmani?



1. O Getsêmani é o lugar de depositarmos a tristeza e o choro (v. 44);

Neste lugar nosso Senhor derramou sua tristeza diante do Pai. Ali, seu suor converteu-se em sangue, num processo de resposta psicossomática diante da intensidade de sua angustia. Necessitamos do lugar do choro, onde depositamos nossa tristeza e angústia diante do Pai.


2. O Getsêmani é lugar de vigilância e oração (v. 40-46);

A atitude de Jesus contrasta-se com a postura de seus discípulos. Jesus os conclama à vigilância e oração no Jardim. Temos uma realidade espiritual que nos leva a ter desejo e sede por Deus, mas militamos contra uma natureza carnal que nos inclina para aquilo que nos tenta(conf. Mt 26.41). Precisamos do Getsêmani para sermos restaurados em nossa disposição de vigiar e orar.



3. O Getsêmani é lugar de rendição (v. 42);

A oração mais enigmática feita por Jesus, e que conhecemos, está registrada neste verso. De algum modo, Cristo revela não ser o seu prazer a dor, a separação e a solidão. Jesus não fingiu ser homem, ele é Deus encarnado na natureza humana. Portanto, a dor doía nele como em nós. Porém, no Jardim, ele converge todo seu querer em rendição plena à vontade do Pai. Necessitamos do lugar que nos leva a render nossa vontade em obediência plena ao querer do Eterno.



Conclusão

O Getsêmani é o jardim onde aprendemos com Cristo a derramar nossas tristezas e angústias diante do Pai. Onde somos chamados à vigilância e oração. É o lugar de nossa rendição, conformando nossa alma com a vontade de Deus. Para nós, não é uma aproximação geográfica, mas sim uma aproximação de nossa alma, é o nosso jardim de restauração. No Getsêmani nosso Mestre foi confortado e fortalecido. Em nosso "Jardim Secreto" acharemos a mesma dádiva do coração do Pai.




segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Conversão dos Pais aos Filhos e dos Filhos aos Pais!



O Antigo Testamento termina com uma profecia relativa ao ministério de João Batista: Ele converteria o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais (observe Malaquias 4.5-6 e Mateus 11.14-15).





Porém, em nenhum lugar das Escrituras existe um registro direto de que este aspecto do ministério de João tenha sido desempenhado. Tudo leva a crer que o próprio João Batista se quer teve família.





Para entender como o ministério de João foi capaz de converter pais a filhos e filhos a pais precisamos olhar para a essência de sua mensagem. Nela está contido o "antidoto" capaz de sarar famílias e reconstruir relacionamentos.





Mateus nos informa que o centro da mensagem de João era o arrependimento (Mt 3.2). Ele conclamava as pessoas a uma auto-avaliação de seus caminhos, escolhas e valores. O propósito era a conclusão óbvia de onde a iniqüidade e a dureza de coração estava a conduzir a existência e história de seus ouvintes. Eles deveriam, portanto, produzir os frutos que caracterizam o verdadeiro arrependimento.





Mas João cumpria um ministério ainda mais objetivo. No evangelho de João, no capítulo primeiro, vemos, através do relato do evangelista João, João Batista testemunhar sistematicamente sobre o "cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". Ele desafiava ao arrependimento que deveria culminar com frutos próprios desta atitude, porém, apontava também para a pessoa de Cristo como a solução perene e necessária contra o poder do pecado.





João converteu muitos pais a seus filhos e filhos aos seus pais ao evocar o quebrantamento ao passo que convidava as pessoas a assumirem Jesus como o remédio de Deus para as suas transcressões. Não há lugar de maior impacto de um coração quebrantado e arrependido que se rende a Cristo do que o seio da família.





Pode-se conhecer a verdadeira natureza da conversão quando o seu fruto é a reconstrução dos relacionamentos rompidos. Esta é uma grande evidência do fermento do evangelho nos corações.





Jean Chagas.

sábado, 2 de agosto de 2008

Chegada em Goiânia


Queridos,


Que alegria estar de volta. Chegamos hoje, às 10h30 da manhã, na rodoviária de Goiânia. Havia um alegre "comissão de boas-vindas" composta por parentes e irmãos da LUZ. Na nossa bagagem, além das costumeiras lembrancinhas de viagem, muitas experiências novas e frutos para o Reino.


Ámanhã teremos a oportunidade de partilhar os resultados na Igreja. Creio que, somente neste momento, será possível dimensionar o impacto do trabalho deste ano. Penso que um dos grandes desafios para a Igreja Luz é ter a visão tão alargada quanto Deus deseja que tenhamos.


Agora é a hora de fortalecer as outras ações da Igreja: as Candeias, o discipulado, a agenda de atividades focada em nossa filosofia de ministerio. O maior desafio é o de preparar a Igreja para sua futura breve organização.


Louvo a Deus por você ser parte deste sonho real e objetivo, de uma comunidade comprometida com o cristianismo vivo, e que deseja conhecer a cada dia a face de seu Maravilhoso Mestre!


Vamos juntos nesta jornada.


Jean Chagas