O Antigo Testamento termina com uma profecia relativa ao ministério de João Batista: Ele converteria o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais (observe Malaquias 4.5-6 e Mateus 11.14-15).
Porém, em nenhum lugar das Escrituras existe um registro direto de que este aspecto do ministério de João tenha sido desempenhado. Tudo leva a crer que o próprio João Batista se quer teve família.
Para entender como o ministério de João foi capaz de converter pais a filhos e filhos a pais precisamos olhar para a essência de sua mensagem. Nela está contido o "antidoto" capaz de sarar famílias e reconstruir relacionamentos.
Mateus nos informa que o centro da mensagem de João era o arrependimento (Mt 3.2). Ele conclamava as pessoas a uma auto-avaliação de seus caminhos, escolhas e valores. O propósito era a conclusão óbvia de onde a iniqüidade e a dureza de coração estava a conduzir a existência e história de seus ouvintes. Eles deveriam, portanto, produzir os frutos que caracterizam o verdadeiro arrependimento.
Mas João cumpria um ministério ainda mais objetivo. No evangelho de João, no capítulo primeiro, vemos, através do relato do evangelista João, João Batista testemunhar sistematicamente sobre o "cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". Ele desafiava ao arrependimento que deveria culminar com frutos próprios desta atitude, porém, apontava também para a pessoa de Cristo como a solução perene e necessária contra o poder do pecado.
João converteu muitos pais a seus filhos e filhos aos seus pais ao evocar o quebrantamento ao passo que convidava as pessoas a assumirem Jesus como o remédio de Deus para as suas transcressões. Não há lugar de maior impacto de um coração quebrantado e arrependido que se rende a Cristo do que o seio da família.
Pode-se conhecer a verdadeira natureza da conversão quando o seu fruto é a reconstrução dos relacionamentos rompidos. Esta é uma grande evidência do fermento do evangelho nos corações.
Jean Chagas.