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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A Origem do Dia Internacional de Ações de Graças


"Aclamem o Senhor... entrem em sua presença com cânticos alegres. Reconheçam que o Senhor é o nosso Deus... Entrem por suas portas com ações de graças e em seus átrios com louvor; dêem-lhe graças e bendigam o seu nome. Pois o Senhor é bom..." Salmo 100






O Dia de Ações de Graças começou a ser comemorada nos Estados Unidos desde sua colonização. Depois de um tempo de grandes dificuldades, os colonos da antiga província de Plymouth rogaram a Deus sua providência e em 1621 tiveram como resposta uma grande colheita. Para celebrar a dádiva dos frutos da terra os camponeses convidaram os povos indígenas e juntos festejaram diante de Deus a bênção da abundante ceifa.

Como as festividades de gratidão foram se repetindo anualmente, em 1789 o presidente George Washignton declarou o dia 26 de novembro como Dia Nacional de Ações de Graças. Posteriormente, o presidente Abraam Lincon declarou que o dia seria comemorado na quarta quinta-feira do mês de novembro. Esta é a data em que o Dia de Ações de Graças é comemorado até hoje.

Muitas nações passaram a incluir no seu calendário esta festividade. No Canadá a data é comemorada desde 1872. No Brasil, o Dia de Ações de Graças faz parte do calendário de festividades oficiais, porém nunca encontrou grande expressão entre a população.

Faz-se importante ressaltar que a ocasião serve principalmente para nos lembrar que a gratidão deve ser uma marca constante na vida cristã. Ser grato é um estilo de vida baseado na consciência da graça de Deus. No Velho Testamento havia festas e instruções específicas sobre as ofertas de gratidão. No Novo Testamento o Espírito Santo foi derramado na maior celebração de gratidão do calendário judaico: a festa de pentecostes. A Igreja Primitiva celebrava suas ações de graças através de encontros como as Celebrações Ágapes.

Neste fim de semana (27 e 28/11/2010), nós da Igreja Luz manifestamos toda nossa gratidão a Deus por todas as suas obras sobre nossas vidas, família e comunidade, com a consciência de que gratidão deve ser a expressão contínua de nossos corações diante de nosso Deus e seu Filho Jesus Cristo.


Jean Chagas

terça-feira, 2 de novembro de 2010

“Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est”



Gisbertus Voetius (1589-1676), reformador holandês, cunhou pela primeira vez a expressão: "Ecclesia Reformata et Semper Reforamanda Est" (Igreja Reformada Sempre se Reformando). Uma vez que a Reforma foi um movimento no passado, iniciado em 31 de outubro de 1517 quando Martinho Lutero fixou suas 95 teses na porta da Catedral de Witemberg, a expressão leva o nosso olhar para traz.


Ao rememorar o passado, a história revela o quanto o cristianismo medieval afastou-se da essência do Evangelho de Cristo, substituindo a verdadeira fé por misticismo, barganhas, esforço pessoal em troca do favor divino, etc. O que estava em jogo não eram elementos periféricos da religiosidade, mas o sentido mais profundo da fé e da experiência cristã. A Reforma eclodiu como uma força de resgate do Evangelho da graça, e deste movimento histórico, é oriunda as Igrejas de tradição reformada. A sistematização teológica produzida pelo reformador João Calvino ofereceu a estas Igrejas um profundo embasamento e profundidade nas Escrituras Sagradas.


Não obstante, o lema "Igreja Reformada Sempre se Reformando", conclama a um olhar para o presente e futuro. No compasso cíclico da história, alguns dos mesmos desafios do século XVI, novamente se apresentam travestidos de outras alegorias. Mais uma vez somos testemunhas do afastamento progressivo das expressões cristãs do cerne da verdade do Evangelho. A tendência da natureza humana de negar a graça de Deus e procurar substituí-la por justiça própria tem levado comunidades inteiras a um afastamento da verdade bíblica.


Outro grande perigo é a tendência de muitos herdeiros da Reforma em transformarem os valores resgatados no século XVI apenas num tipo de tradição, ou em outros casos, num tipo de filosofia pra vida. "Igreja Reformada Sempre se Reformando" não pode ser um revisitar contínuo do século XVI, mas sim o revisitar contínuo de Cristo e sua Palavra. É falar, viver e experimentar a graça da Cruz. Trata-se de dar sempre um passo pra frente, porém, nunca deixar de estar ancorado na Rocha. Ser Reformado aos olhos do Mestre é expressar a renovação de vida diária, produzida pela graça do novo nascimento.


Jean Chagas