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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Não Existe Voto Autônomo para um Cristão!



"Quando, porém, disseram: 'Dá-nos um rei para que nos lidere', isso desagradou a Samuel; então, ele orou ao Senhor. E o Senhor lhe respondeu: 'Atenda a tudo o que o povo está lhe pedindo; não foi a você que rejeitaram; foi a mim que rejeitaram como rei'." 1 Samuel 8.6-7




O desejo de autonomia em relação a Deus é um terrível caminho e um grande engodo para um cristão. O compromisso assumido com o senhorio de Cristo nos obriga a depositar aos pés de sua vontade toda e qualquer decisão que necessitemos tomar. Isto envolve o nosso dever democrático e nossa liberdade de escolha através do voto.


Para o discípulo de Jesus a decisão de seu voto nada mais é do que o resultado da busca do discernimento da vontade de Deus. Os números a serem digitados na urna eletrônica precisam estar cativos da sincera busca do acerto, e do desejo sincero do eleitor cristão de ser coerente com sua consciência diante de Deus.


O problema de Israel no tempo de Samuel não era o fato de o povo desejar um rei em si, mas a intenção deliberada de excluírem Deus como o verdadeiro soberano de suas vidas, lançando-se a uma escolha autônoma. Não é com este mesmo sentimento de liberdade absoluta que muitos cristãos estão definindo o seu voto?


Quero sugerir alguns elementos que podem contribuir para um voto consciente, debaixo de submissão a Deus e no exercício de uma verdadeira cidadania:




  1. Conheça as propostas dos candidatos que intenta votar e veja a coerência do que sugerem com os valores que norteiam o Reino de Deus;


  2. Conheça a trajetória histórica e ética dos candidatos que intenta votar comparando suas promessas e propostas com o curso público de suas condutas;


  3. Busque verificar a veracidade de informações que surgem de boatos, fofocas e casuísmos eleitorais, ou se de fato tais informações correspondem com a verdade sobre alguém ou seu partido;


  4. No caso dos candidatos que se declaram cristãos, seja ainda mais rigoroso na avaliação de sua vida pública e de suas idéias, pois levarão consigo o testemunho de Cristo às esferas de poder;


  5. Caso identifique num cristão genuíno a ética necessária para o exercício público, em oração, busque oferecer-lhe a primazia de seu voto. A Bíblia é clara em dizer que quando o justo governa o povo se alegra (Provérbios 29.2).


  6. Não escravize o seu voto a nada e a ninguém, a não ser à Cruz de Cristo. Como toda decisão em sua vida, sua mente deve estar cativa do desejo de agradar o Senhor. Para isto Ele lhe concedeu inteligência, senso crítico e temor.



Jean Chagas