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segunda-feira, 15 de junho de 2009

O Reino, a Igreja e o Futuro – Parte 1



A Vinda do Reino de Deus – Entre o "já" e o "ainda não"!


Falar acerca do Reino de Deus não é tarefa simples. De um lado, é um tema que possui nuances em toda a Escritura, é como um elo de unidade de toda a teologia bíblica. De outro lado, sempre foi assunto controverso na História. Os católicos reduziram seu conceito à idéia de igreja enquanto os protestantes o reduziram à experiência intimista e individualista do cristão. Porém, a partir da teologia da aliança e de uma pesquisa bíblica mais cuidadosa, será verificado que o ensino sobre o Reino é muito mais amplo e profundo, permeando toda a história humana.


Criação e Queda


Ao criar todas as coisas e a humanidade à sua imagem, Deus estabeleceu uma relação de governo amoroso com a criação. Firmou sua aliança com o homem, dando-lhe um mandato de cuidado e domínio da natureza conforme registrado em Gênesis 1.28-30. Não obstante, o capítulo posterior da história é de ruptura e rebelião contra o Altíssimo mediante a queda. De uma aliança de amor, os homens tornaram-se escravos de um reino de trevas e morte (Gn 3), distanciando-se do propósito de sua existência. As páginas do Antigo Testamento passam a anunciar que a paz só seria reconquistada através da vinda do Reino de Deus e de seu Messias (Sl 2). Ecoa uma voz de misericórdia, num anúncio da redenção futura (Is 9.1-7).


Redenção e Consumação


Surge um homem, "uma voz que clama do deserto". A síntese da pregação de João Batista é: "Arrependam-se porque está próximo o Reino de Deus (Mt 3.1-3)." Logo após, Jesus começa sua pregação com o mesmo convite ao arrependimento e percepção da proximidade do Reino. Há, entretanto um elemento novo na pregação de Jesus: "O tempo está cumprido!" Em Mateus 12.28 Jesus afirma: "Mas se é pelo Espírito de Deus que eu expulso demônios, então chegou a vocês o Reino de Deus. O Cristo manifesta seu poder através da expulsão das forças do mal e por ter "amarrado o valente" (Mt 12.29), o que possibilita a expansão do Reino através da pregação do evangelho.


O Reino é uma realidade presente no mundo através de Jesus. Mas também se relaciona a uma realidade futura. Em Mateus 7.21-23 e 13.47-50 o Filho de Deus ensina que o reino "já" presente "ainda não" está em toda a plenitude sobre a terra. Este "já"e "ainda não gera uma tensão crescente na história, uma vez que o primeiro refere-se à obra de redenção que foi iniciada e está presente nos séculos. O segundo reporta-se à consumação final, onde o Reino virá em sua glória e plenitude no Dia do Senhor. George Ladd comenta: "O fato do Reino de Deus estar presente num sentido e ser futuro em outro, implica em que permanece uma certa tensão entre o 'já' do Reino e o 'ainda não' do Reino."


A definição, portanto, do que é o Reino de Deus não é simples e muito menos secundária. O teólogo reformado Antony Hoekema tenta nos oferecer um conceito geral nas seguintes palavras: "O Reino de Deus deve ser entendido como o reinado dinamicamente ativo de Deus na história humana, por meio de Jesus Cristo, cujo objetivo é a redenção do seu povo do pecado e dos poderes demoníacos, e o estabelecimento final dos novos céus e nova terra. "


Compreensão e implicações para a História


Ao retratar a história a partir destes quatro grandes acontecimentos (criação, queda, redenção e consumação) a Escritura nos oferece uma percepção da história com as seguintes compreensões: 1. Deus é o Senhor da história e Cristo é o seu eixo, ou centro; 2. A história é um desenvolvimento dos propósitos de Deus; 3. O novo tempo já foi inaugurado através da presença do Reino mediante Cristo; 4. Tudo na história se move em direção a um alvo, novo céu e nova terra.


Este novo óculos histórico lança algumas importantes implicações, entre elas: 1. Devemos viver com um senso de urgência quanto ao modo que conduzimos a história de nossas vidas; 2. Precisamos reconhecer a tensão histórica que nos cerca em função do "já"e "ainda não"do Reino e sua relação conflituosa com o mundo e o reino das trevas; 3. Só Deus pode nos colocar no Reino, porém isto exigirá de nós arrependimento e fé; 4. O Reino demanda compromisso total, ou Cristo é tudo ou ele é nada para você; 5. O Reino implica redenção cósmica, pois do modo com que toda a criação foi afetada pelo pecado, assim Deus está restaurando todas as coisas pela manifestação do poder da cruz de Jesus, o que nos levará a novo céu e nova terra.

Rev. Jean Chagas

terça-feira, 10 de março de 2009

Uma Igreja Plantada para Fazer Diferença


Estou escrevendo após dois dias de importantes eventos históricos para a Igreja Luz. No domingo próximo passado (08/03/2009) processou-se pelo Presbitério Metropolitano de Goiânia a organização da comunidade local em Igreja. Qual o significado, para nós, deste acontecimento?

1. Não somos mais um projeto de plantação, somos uma Igreja consolidada em sua realidade orgânica, espiritual e institucional;

2. Temos uma liderança constituída e instalada pela imposição de mãos por nosso concílio superior: 4 presbíteros e seis diáconos, além da equipe pastoral. Tal liderança conta com um exército em formação, composto por líderes de pequenos grupos, líderes de ministérios e futuros disicpuladores;

3. Possuímos uma visão clara de nosso chamado e do foco de nossa missão. Portanto, existimos para, numa somatória de forças com outras igrejas locais, contribuir para o alcance do mundo pelo evangelho em função de promover a glória de Nosso Senhor. Nossas principais estratégias são os pequenos grupos, o discipulado, a adoração inspirativa, o avanço de ações missionárias, o serviço de cada ministério, crendo que tudo isto será potencializado por nossa contribuição na plantação de outras igrejas locais;

Breve Narrativa:


Os membros da congregação foram convocados para a Assembléia de Fundação, a fim de comparecerem às 9h do domingo. Para conduzir os trabalhos, foi nomeada pelo Presbitério Metropolitano de Goiânia uma comissão constituída pelos pastores Silas, Jair e Robson e os presbíteros Hélio e Reginaldo.

Em meio a cânticos e ministração da Palavra do Senhor, foram arrolados 126 membros comungantes e 29 membros não comungantes que, na sua maioria, elegeram 4 presbíteros (Célio Campos, Márcio Nunes, Júlio Cézar e Eduardo Noronha) e seis diáconos (Hiromassa, Mário, Niltair, Amilton, Obede Jr e Marcos Aurélio). Também foram aprovados os estatutos da Igreja e registrado seu histórico durante o período como congregação.

Após os trabalhos, os eleitos foram examinados pela comissão e todos os presenças se confraternizaram através de uma deliciosa refeição em comum.

À noite, em ambiente de grande alegria e gratidão, a audiência se reuniu em culto ao Senhor, onde a ministração da Palavra ficou na responsabilidade do Rev. Silas Nobre que também, conduziu a ordenação e instalação dos oficiais eleitos.


Terminada a celebração pública, a comissão do PMGN encerrou seus trabalhos instalando o novo conselho da Igreja Local, despedindo-se com votos de bênçãos e paz.

Assim, a Igreja Luz se consolida como comunidade local a serviço do Reino, sendo parte integrante da Igreja presbiteriana do Brasil. Nasce com uma presença média nos cultos dominicais de 180 pessoas, com 15 pequenos grupos de evangelização (Candeias) espalhados pela cidade, e sete grupos de discipulado para novos na fé e formação de liderança.

Ao alcançarmos esta vitória, não podemos deixar de destacar a importância da contribuição de nossos parceiros: 1. À Igreja Presbiteriana de Vila Morais, que nos adotou como projeto e pôde entregar ao nosso concílio uma filha; 2. Ao Centro de Plantação de Igrejas da Redeemer Presbyterian Church no Brasil (CEBRAPI), que tem investido visão, motivação, amor e recursos para que sejamos uma Igreja relevante para o mundo e impactante para a Cidade; 3. à Igreja Presbiteriana Água Viva, que tem contribuído nos processos de discipulado e no treinamento de nossos ministérios.

O Senhor Jesus afirmou que a quem muito é dado, muito será cobrado. Assim, nossa Igreja nasce não apenas com o desafio, mas com a obrigação de fazer diferença e ser instrumento de Deus para uma nova percepção da realidade urbana e o desafio de plantação de Igrejas saudáveis para este novo contexto.

Com todo louvor ao Altíssimo,

Jean Chagas

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Aconteceu: Nas Trilhas da Luz 2


Durante o período do carnaval a Igreja Luz organizou o segundo acampamento "Nas Trilhas da Luz". A proposta, como da outra vez, foi agregar reflexão, vida devocional, contemplação da natureza e comunhão com Deus e os acampantes, num ambiente de atividade física e descontração.





A base logística do Acampamento foi a Fazenda Dona Agnes, entre os municípios goianos de Corumbá e Cocalzinho. A propriedade pertence à Igreja Presbiteriana Central de Anápolis e foi doada por Dona Agnes, uma missionária americana que muito impactou toda aquela região.



No primeiro dia, a caravana de carros partiu de Goiânia, e por volta das 17h todos estavam acomodando as suas coisas nos quartos. Hà noite, depois da entrega de kit's e orientações, a turma jantou uma deliciosa macarronada e celebrou a Deus com louvores e reflexão. Como a proposta do acampamento era de ação e esforço, foi organizada uma brincadeira chamada Guerrilha, utilizando-se do espaço da fazenda em plena noite sem lua, com muita adrenalina e competição.


Domingo, logo cedo, após o café e a devocional, partimos para Pirinópolis. Encontramos com o Guia Cristiano que nos conduziu pela Trilha das Araras. O percurso foi de três horas de caminhada em trilha de média dificuldade. Conhecemos a Cachoeira das Araras e a remota Cachoeira do Paredão. À noite o louvor foi intenso e a comunhão com a Palavra selou nossas atividades.



Na segunda o café foi servido às 8h. Depois da devocional, fomos à pé para o Acampamento El Rancho de onde partimos para uma trilha que buscava alcançar um lugar chamado Garganta e, posteriormente, a Cachoreira do Salto Corumbá. Atravessamos o Rio Corumbá com cordas, andamos durante 1 hora, mas nosso candidato a Guia nos levou pelo mato a um paredão de onde não havia condições de decida. A chuva começou a cair forte e pegamos uma outra trilha que nos levou até o Salto Corumbá. Contemplamos, a grande queda pelos dois angulos: embaixo e acima da queda! Voltamos exaustos para a base, as com um grande contentamento com a experiência. Ainda, à noite, fizemos um culto à beira da fogueira, com ministração pelo Rev. Antônio.


No último dia, gastamos mais tempo em devocional e organizando os jovens nas Candeias Jovens que voltarão a funcionar nos próximos dias. Aproveitamos o tempo um pouquinho nas atividades esportivas na própria fazenda e regressamos às 15h gratos a Deus por toda a sua glória revelada na criação e na vida de cada acampante.


(Texto: Jean Chagas)

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Palavra aos Contritos - Isaías 57.14-21


As Escrituras estão permeadas de palavras direcionadas a grupos específicos de pessoas. Porém, não há nenhum tipo de gente que receba mais palavras da parte de Deus do que aqueles que se encontram abatidos, vencidos pela tristeza.

Na porção de Isaías 57.14-21 são chamados de contritos. Trata-se de alguém pesaroso, arrependido, cuja face revela angústia e sofrimento. Não é apenas um entristecido, mas, sim, um coração que se humilha diante da dor. Sua reação não é a revolta e sim a subserviência.


Para você, Contrito, há uma Palavra de Deus. Existe um consolo restaurador. A você ele diz: "Eu Sou Grande!" (v. 15) Quem fala a você é o "Alto e Sublime". É hora de contemplá-lo. Foi-se o tento de olhar para o seu próprio sofrimento para que os olhos se elevem para ver a glória de Deus.


A você ele diz: "Eu estou onde você está"! Veja que realidade tremenda. Não há solidão na sua dor, porque o Altíssimo se inclinou para estar com você. (v.16) E nesta doce presença há um objetivo: dar novo ânimo e conceder novo alento. Contemple a glória e grandeza do Senhor, perceba sua presença, receba seu favor.


Mas o Contrito sabe o quanto feriu a santidade de Deus. Tem ciência de sua própria desgraça humana. A você, Contrito, o Soberano diz: "... fiquei irado e escondi o meu rosto... Eu vi os seus caminhos, mas vou curá-lo". (v.17-18) O Deus de toda misericórdia e consolação lhe perdoa e derrama o balsamo da cura sobre suas feridas.


Esta é a Palavra para os Contritos. Para que o louvor volte aos seus lábios e a paz se restabeleça em sua alma. Portanto, ouça a voz do Altíssimo que lhe chama a contemplá-lo, que revela sua preciosa presença, que estende a cura e o consolo mesmo diante de suas equivocadas escolhas do passado e que enche seu coração de louvor e de paz.




(Jean Chagas)