Blog da equipe Pastoral da Igreja Luz (Goiânia-GO) com o objetivo de compartilhar devocionais e notícias da comunidade.
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terça-feira, 17 de novembro de 2009
Os Princípios da Conectividade em Romanos 12.9-21
sábado, 17 de outubro de 2009
Os Resultados da Justiça Pela Fé – Romanos 5.1-5
Resumo do Ensino do Texto:
Após apresentar no capítulo 4 Abraão como exemplo de homem justificado pela fé e demonstrar que não há outra justiça que salve o pecador se não, tão somente, a obra da Cruz, o Apóstolo passa a demonstrar os resultados da justificação pela fé na vida daquele que crê. O homem cuja justiça procede da fé tem um relacionamento de paz com Deus, possui acesso a todos os meios da maravilhosa graça e vive na perspectiva da esperança quanto à glória de Deus. E, apesar de toda provação, sua vida é marcada por um "ciclo virtuoso" – tribulações que produzem perseverança, perseverança que conduz a um caráter aprovado, caráter transformado que aumenta a esperança... Uma vez renovada a esperança, o ciclo também se renova na perspectiva de tornar as tribulações um processo de crescimento e bênção. Assim, pela justiça de Deus, a vida passa a ter uma nova cosmovisão e a certeza do amor de Deus enche o coração a cada dia.
Algumas Lições Preciosas:
1) Posso me aproximar de Deus sem medo, uma vez que a paz foi conquistada pela justiça de Cristo sobre mim. Agora posso ter a certeza que serei aceito diante do Altíssimo, mesmo sendo tão miserável pecador;
2) Os meios para viver na graça e pela graça estão à minha disposição. O Espírito habita em mim, tenho a Palavra e a oração, a comunhão com meus irmãos e tantas outras coisas que Deus tem me dado para sustentar a minha fé. Porém, como sou inclinado a abdicar destas dádivas da graça por aquilo que não edifica. Preciso estar a tento a esta tentação;
3) Se agora, debaixo da justiça de Cristo, mesmo as tribulações tornam-se parte de um processo de crescimento, porque eu viveria a murmurar ou a questionar a vontade de Deus para mim? Preciso aprender a confiar no Senhor e abrir mão daquilo que eu mesmo imagino ser o melhor.
Minha Oração:
"Senhor, meu coração se enche de gratidão por sua obra em minha vida. Além de agradecer-lhe, o que posso fazer é render tudo a ti, o que será sempre insuficiente diante de Teu inefável amor. Por isso, Senhor, celebro a paz que tenho contigo. Peço que o Senhor me ajude a fazer uso apropriado dos meios de graça que o Senhor me concedeu e abra os meus olhos para perceber que mesmo as tribulações estão produzindo um bom fruto em minha vida. Com todo louvor, em nome de Jesus, Amém!" (Jean Chagas)
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Uma Visão Panorâmica da Epístola aos Romanos
Ao meditarmos numa porção das Escrituras necessitamos considerar o contexto, tipo de literatura e propósito do livro bíblico. O objetivo deste cuidado de observação é para que nossas conclusões e aplicações estejam em coerência com aquilo que de fato o Espírito Santo comunicou através dos Apóstolos e Profetas.
Os crentes de nossa comunidade estão instruídos a meditar diariamente na Epístola aos Romanos no decorrer dos meses de outubro e novembro deste ano de 2009. Para auxiliá-los ofereço algumas informações importantes que podem contribuir na compreensão do texto Sagrado.
O que são Epístolas?
Na Bíblia as epístolas referem-se a um tipo específico de livro, entre os 66 livros da Bíblia. Estes escritos bíblicos, inspirados pelo Espírito Santo, possuem uma estrutura de carta. Geralmente começam com uma breve introdução onde em muitos casos apresenta-se o autor. Posteriormente, com muita freqüência é apresentada uma oração pelos destinatários. Após, vem o corpo da carta com o seu conteúdo principal. Por fim, a maioria das epístolas possuem uma conclusão com recomendações finais e a bênção. Esta estrutura clássica é muito perceptível na Epístola aos Romanos (Introdução – 1.1-7; Oração – 1.8-15; Conteúdo Geral – 1.16-15.13; Conclusão e Bênção – 15.14-16.27).
Qual o Contexto Histórico da Epístola aos Romanos?
O Apóstolo Paulo se apresenta como o autor da epístola. Escreveu aos crentes que viviam em Roma, uma comunidade que Paulo ainda não conhecia, até então, pessoalmente. D. A. Carson, Leon Morris e Douglas J. Moo, eruditos em Novo Testamento, concordam entre si que provavelmente Paulo escreveu aos Romanos ao final de sua terceira viagem missionária, quase certamente da cidade de Corinto. O ano mais adequado é 57 d.C. Estas conclusões são extraídas de declarações do Apóstolo como as que aparecem em 15.24, 28, ao serem comparadas com a trajetória de sua vida. O seu propósito central é apresentar o evangelho como poder de Deus para a justificação de todo aquele que crê.
Qual a grande contribuição da Epístola aos Romanos?
Pode-se considerar esta Epístola o principal tratado teológico sobre a própria natureza e poder do evangelho. É fonte de grande orientação, confrontação e conforto espiritual para todos os que anseiam mergulhar com profundidade nos rios da graça do Altíssimo. Você irá perceber a miséria humana a começar de você mesmo e entenderá que fora de Cristo não há esperança. Porém, será inundado por grande alegria e segurança ao ser servido com a verdade de quem é Cristo para aquele que nele crê. A inefavel riqueza desta Epístola poderá levar aquele que tem "ouvidos para ouvir" para um aprofundamento de sua obediência e o amadurecimento de sua fé.
Jean Chagas
terça-feira, 21 de julho de 2009
Marcelina: Uma Guerrilheria do Reino de Luz!
Acostumada a ver toda opressão e miséria nas comunidades quexuas, começou a ler os escritos de Marx e Lennin, como também das mulheres revolucionárias da Nicarágua. Pouco a pouco ingressou-se num movimento revolucionário comunista. Tal movimento transformou-se no conhecido grupo guerrilheiro que balançou as bases do país nas décadas passadas chamado "Sendero Luminoso".
Ao engravidar-se ainda jovem viu a necessidade de afastar-se do movimento para cuidar de seu filho e de sua mãe, já idosa. Em meio a muitas ameaças de seus antigos companheiros, mudou-se para uma região distante e passou a trabalhar numa fábrica.
Na posição de supervisora de produção, contratou duas mulheres que se declaravam crentes. Suas subordinadas passaram a ser motivo de zombarias e risadas para Marcelina. Porém, o testemunho das duas mulheres foi tão marcante que levou Marcelina a interessar-se pela Bíblia e por Jesus. Seu coração progressivamente se abriu para o evangelho até que se entregou-se a Cristo como Salvador e Senhor.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
A Mensagem da Esperança em Meio à Necessidade
quarta-feira, 8 de julho de 2009
O Poder de Cristo Versus o Poder Demoníaco!
segunda-feira, 6 de julho de 2009
A História de Três Irmaos!
sábado, 4 de julho de 2009
Frederico - O Primeiro dentre Muitos!
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Os Personagens de Uma Magnífica História
terça-feira, 16 de junho de 2009
O Reino, a Igreja e o Futuro! – Parte 2
Os Sinais dos Tempos
Depois de observado o conceito de Reino de Deus e a realidade de sua presença histórica faz-se necessário considerar os sinais dos tempos e sua relação com a tensão entre o "já" e o "ainda não". O Senhor Jesus claramente ensinou que tais sinais nos servem como referencial histórico. Portanto, é de suma importância que o cristão esteja atento às manifestações dos desígnios de Deus nos séculos. Isto lhe servirá como desafio à fidelidade e consolo diante do agir soberano do Altíssimo cujos propósitos são de geração em geração.
Os Sinais dos Tempos e a Tensão Histórica
A tensão presente entre a presença do Reino e sua plenitude futura caracteriza o que geralmente denominamos "os sinais dos tempos". Como a Igreja, agente do reino na humanidade, está inserida no mundo, isto a envolve de um modo direto e objetivo. Parte da compreensão do sofrimento dos crentes está justamente em compreender a presença do povo de Deus no mundo que manifesta tais sinais (Atos 14.22; Romanos 8.17,18; 1Pedro 4.12,13; Apocalipse 6.9-11). À medida que compreende o rumo histórico de todas as coisas, o discípulo de Jesus terá uma nova atitude com a cultura de seus dias. Perceberá com mais propriedade sua vocação quanto ao trabalho, família, relacionamentos e manterá um cuidado mais intenso quanto aqueles elementos culturais que manifestam rebelião contra Deus (1 Coríntios 3.10-15; Mateus 25.21,23).
Compreensões erradas sobre os Sinais dos Tempos
- Considerar que se referem exclusivamente ao tempo do fim, sem considerar aquilo que eles apontam em relação ao passado e ao presente;
- Considerá-los exclusivamente apenas em termos de eventos anormais, espetaculares ou catastróficos (Lucas 17.20-21);
- Tentar usá-los como modo de datar o tempo exato da volta de Cristo (Marcos 13.32; Mateus 24.36). Este é um erro ocorrido algumas vezes na história;
- Tentar construir um cronograma exato de acontecimentos futuros. (Ex: "Tal" país é a manifestação do Reino das Trevas, o Anticristo virá de "tal" lugar e será "tal" pessoa, etc)
Os Sinais Propriamente Ditos
- Sinais da graça de Deus sobre o mundo
- Pregação do evangelho a todas as nações – Joel 2.28; Isaías 45.22; Mateus 24.14; Marcos 13.10;
- A plenitude de salvação de todos os eleitos – Romanos 9.11 comp. Romanos 11.25,26ª;
- Sinais do juízo de Deus sobre o mundo
- Violência (guerras) – Mateus 24.6-8; Lucas 13.7,8 e 21.9-11;
- Catástrofes naturais (terremotos) - Mateus 24.6-8; Lucas 13.7,8 e 21.9-11; Comp. Apocalipse 16
- Escassez de recursos (fomes) - Mateus 24.6-8; Lucas 13.7,8 e 21.9-11;
- Sinais de oposição do mundo contra Deus
- Tribulação – Mateus 5.10-12; 24.21, 22;
- Apostasia – Mateus 24.10-12, 24; 1Timóteo 4.1; 2Tessalonissenses 3.1-5 comp João 10.27,29 e 1 Pedro 1.3-5;
- Anticristo – Daniel 7.25; 11.36; Mateus 24.15; Marcos 13.14; 2 Tessalonissenses 2.9; 1 João 2.18, 22; 2 João 7.
Considerações sobre o Anticristo à Luz de 2 Tessalonissenses 2
- Aparecerá na grande apostasia ou rebelião (v. 3)
- Ele será uma pessoa (v.3 e 4)
- Será objeto de adoração (v. 4)
- Fará uso de milagres enganosos (v. 9)
- Só será revelado depois que for removido o que o detém (v. 6)
- Será totalmente destruído por Cristo em sua Segunda Vinda (v. 8)
Pontos Gerais a Considerar
- Os sinais dos tempos apontam, antes de tudo, para o que Deus fez no passado (Mateus 16.3 comp. Efésios 5.16/Romanos 13.11-13);
- Os sinais dos tempos apontam no futuro para o fim da história, especialmente a volta de Cristo (Mateus 24.14, 29, 30);
- Os sinais dos tempos revelam, na história, a antítese contínua entre o Reino de Deus e os poderes do mal (Colossenses 1.13-14; 1 Coríntios 2.12-16);
- Os sinais dos tempos pedem uma decisão, um posicionamento de compromisso (João 9.4-5; Efésios 5.11-16)
- Os sinais dos tempos requerem vigilância constante (Mateus 24.42).
(Jean Chagas - Material Consultado: A Bíblia e o Futuro, Antony Hoekema, editora Cultura Cristã)
segunda-feira, 15 de junho de 2009
O Reino, a Igreja e o Futuro – Parte 1
A Vinda do Reino de Deus – Entre o "já" e o "ainda não"!
Falar acerca do Reino de Deus não é tarefa simples. De um lado, é um tema que possui nuances em toda a Escritura, é como um elo de unidade de toda a teologia bíblica. De outro lado, sempre foi assunto controverso na História. Os católicos reduziram seu conceito à idéia de igreja enquanto os protestantes o reduziram à experiência intimista e individualista do cristão. Porém, a partir da teologia da aliança e de uma pesquisa bíblica mais cuidadosa, será verificado que o ensino sobre o Reino é muito mais amplo e profundo, permeando toda a história humana.
Criação e Queda
Ao criar todas as coisas e a humanidade à sua imagem, Deus estabeleceu uma relação de governo amoroso com a criação. Firmou sua aliança com o homem, dando-lhe um mandato de cuidado e domínio da natureza conforme registrado em Gênesis 1.28-30. Não obstante, o capítulo posterior da história é de ruptura e rebelião contra o Altíssimo mediante a queda. De uma aliança de amor, os homens tornaram-se escravos de um reino de trevas e morte (Gn 3), distanciando-se do propósito de sua existência. As páginas do Antigo Testamento passam a anunciar que a paz só seria reconquistada através da vinda do Reino de Deus e de seu Messias (Sl 2). Ecoa uma voz de misericórdia, num anúncio da redenção futura (Is 9.1-7).
Redenção e Consumação
Surge um homem, "uma voz que clama do deserto". A síntese da pregação de João Batista é: "Arrependam-se porque está próximo o Reino de Deus (Mt 3.1-3)." Logo após, Jesus começa sua pregação com o mesmo convite ao arrependimento e percepção da proximidade do Reino. Há, entretanto um elemento novo na pregação de Jesus: "O tempo está cumprido!" Em Mateus 12.28 Jesus afirma: "Mas se é pelo Espírito de Deus que eu expulso demônios, então chegou a vocês o Reino de Deus. O Cristo manifesta seu poder através da expulsão das forças do mal e por ter "amarrado o valente" (Mt 12.29), o que possibilita a expansão do Reino através da pregação do evangelho.
O Reino é uma realidade presente no mundo através de Jesus. Mas também se relaciona a uma realidade futura. Em Mateus 7.21-23 e 13.47-50 o Filho de Deus ensina que o reino "já" presente "ainda não" está em toda a plenitude sobre a terra. Este "já"e "ainda não gera uma tensão crescente na história, uma vez que o primeiro refere-se à obra de redenção que foi iniciada e está presente nos séculos. O segundo reporta-se à consumação final, onde o Reino virá em sua glória e plenitude no Dia do Senhor. George Ladd comenta: "O fato do Reino de Deus estar presente num sentido e ser futuro em outro, implica em que permanece uma certa tensão entre o 'já' do Reino e o 'ainda não' do Reino."
A definição, portanto, do que é o Reino de Deus não é simples e muito menos secundária. O teólogo reformado Antony Hoekema tenta nos oferecer um conceito geral nas seguintes palavras: "O Reino de Deus deve ser entendido como o reinado dinamicamente ativo de Deus na história humana, por meio de Jesus Cristo, cujo objetivo é a redenção do seu povo do pecado e dos poderes demoníacos, e o estabelecimento final dos novos céus e nova terra. "
Compreensão e implicações para a História
Ao retratar a história a partir destes quatro grandes acontecimentos (criação, queda, redenção e consumação) a Escritura nos oferece uma percepção da história com as seguintes compreensões: 1. Deus é o Senhor da história e Cristo é o seu eixo, ou centro; 2. A história é um desenvolvimento dos propósitos de Deus; 3. O novo tempo já foi inaugurado através da presença do Reino mediante Cristo; 4. Tudo na história se move em direção a um alvo, novo céu e nova terra.
Este novo óculos histórico lança algumas importantes implicações, entre elas: 1. Devemos viver com um senso de urgência quanto ao modo que conduzimos a história de nossas vidas; 2. Precisamos reconhecer a tensão histórica que nos cerca em função do "já"e "ainda não"do Reino e sua relação conflituosa com o mundo e o reino das trevas; 3. Só Deus pode nos colocar no Reino, porém isto exigirá de nós arrependimento e fé; 4. O Reino demanda compromisso total, ou Cristo é tudo ou ele é nada para você; 5. O Reino implica redenção cósmica, pois do modo com que toda a criação foi afetada pelo pecado, assim Deus está restaurando todas as coisas pela manifestação do poder da cruz de Jesus, o que nos levará a novo céu e nova terra.
Rev. Jean Chagas
terça-feira, 10 de março de 2009
Uma Igreja Plantada para Fazer Diferença
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Aconteceu: Nas Trilhas da Luz 2
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Palavra aos Contritos - Isaías 57.14-21
As Escrituras estão permeadas de palavras direcionadas a grupos específicos de pessoas. Porém, não há nenhum tipo de gente que receba mais palavras da parte de Deus do que aqueles que se encontram abatidos, vencidos pela tristeza.
Na porção de Isaías 57.14-21 são chamados de contritos. Trata-se de alguém pesaroso, arrependido, cuja face revela angústia e sofrimento. Não é apenas um entristecido, mas, sim, um coração que se humilha diante da dor. Sua reação não é a revolta e sim a subserviência.
Para você, Contrito, há uma Palavra de Deus. Existe um consolo restaurador. A você ele diz: "Eu Sou Grande!" (v. 15) Quem fala a você é o "Alto e Sublime". É hora de contemplá-lo. Foi-se o tento de olhar para o seu próprio sofrimento para que os olhos se elevem para ver a glória de Deus.
A você ele diz: "Eu estou onde você está"! Veja que realidade tremenda. Não há solidão na sua dor, porque o Altíssimo se inclinou para estar com você. (v.16) E nesta doce presença há um objetivo: dar novo ânimo e conceder novo alento. Contemple a glória e grandeza do Senhor, perceba sua presença, receba seu favor.
Mas o Contrito sabe o quanto feriu a santidade de Deus. Tem ciência de sua própria desgraça humana. A você, Contrito, o Soberano diz: "... fiquei irado e escondi o meu rosto... Eu vi os seus caminhos, mas vou curá-lo". (v.17-18) O Deus de toda misericórdia e consolação lhe perdoa e derrama o balsamo da cura sobre suas feridas.
Esta é a Palavra para os Contritos. Para que o louvor volte aos seus lábios e a paz se restabeleça em sua alma. Portanto, ouça a voz do Altíssimo que lhe chama a contemplá-lo, que revela sua preciosa presença, que estende a cura e o consolo mesmo diante de suas equivocadas escolhas do passado e que enche seu coração de louvor e de paz.
(Jean Chagas)
domingo, 25 de janeiro de 2009
Sansão: Um Hércules Judeu?
A maioria das pessoas associa a história de Sansão exclusivamente à sua força, vinculada aos seus longos cabelos, cortados por Dalila, sua infame amante. Tratam o relato bíblico como um conto mitológico, um "Hércules do judaísmo".
Não obstante, a narrativa da vida de Sansão refere-se a fatos históricos. Há personagens, culturas e povos que se entrelaçam num enredo revelador quanto ao cuidado de Deus com o seu povo e Seu poder libertador da opressão.
Porém, o que salta aos olhos numa leitura mais profunda da história deste guerreiro é o contraste da soberana ação de Deus e as circunstâncias produzidas por suas escolhas pessoais. Sansão revela este antagonismo. Escolhido por Deus, entretanto em continuo conflito com sua própria identidade.
A saga de Sansão é, em certo sentido, o vislumbre da história de muitos cristãos. Foram escolhidos em amor antes da fundação do mundo. Estão debaixo de um desígnio eterno do Altíssimo que é imutável. Porém, suas escolhas negam esta realidade e as colocam em conflito com a essência de suas próprias vidas. Quão grande é o sofrimento infligido por este conflito!
Não devemos nos submeter à nossa identidade apenas no apagar das luzes, no último instante. A sabedoria deve nos conduzir à sujeição e obediência. A felicidade só nos alcançará quando vivermos nossa identidade em Cristo. Fora desta realidade, seremos o contínuo antagonismo entre o projeto soberano de Deus e nossas desgraçadas escolhas de vida.
Diferentes de Sansão, devemos cumprir o propósito de Deus no decurso de nossa história, e não apenas na ocasião de nossa morte.
Rev. Jean Chagas